Os irredutíveis: teoremas da resistência para o tempo presente, de Daniel Bensaïd, rebate as reduções simplistas da filosofia política pós-moderna, buscando alternativas para o pensamento. Filósofo e ativista político francês, um dos principais nomes dos movimentos de 1968, o autor rejeita a ideia que condena o mundo a uma catástrofe inexorável.O que é ser irredutível nesse contexto? É não perder a noção de que a globalização imperial - que representa os interesses privados do capital - e a burocracia stalinista não são as únicas formas de organizar o pensamento e o mundo, em movimento acelerado.Qual a alternativa? Num texto aforismático, herança do estilo de autores como Guy Debord, Bensaïd coloca uma sucessão de teoremas sobre grandes questões que deveriam ser submetidas criticamente à prova do presente. Os títulos dos teoremas, provocações em si, são: 'A política é irredutível à ética e à estética', 'A luta de classes é irredutível às identidades comunitárias', 'A dominação imperial não é solúvel nas beatitudes da globalização mercantil', 'Quaisquer que sejam as palavras para expressá-lo, o comunismo é irredutível às suas falsificações burocráticas' e 'A dialética da razão é irredutível ao espelho quebrado da pós-modernidade'. Trata-se uma obra que alimenta, de modo estruturado e coeso, 'a força irredutível da indignação', como diz o sociólogo Michael Löwy, autor da orelha do livro. O volume faz parte da coleção Marxismo e Literatura, publicada pela Boitempo sob a coordenação de Leandro Konder. Os irredutíveis: teoremas da resistência para o tempo presente se torna referência, por suas inovações estilísticas e suas provocações teóricas, indispensável para o pensamento alternativo.