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Sinopse
A paixão em torno da qual o livro se constrói é o ódio. “Há um fator estruturante no ódio. É preciso haver ódio para que haja avanço da subjetividade.” Apesar disso, “há uma espécie de silenciamento sobre o problema”. Por que isso ocorre e onde isso pode nos levar em tempos como o nosso, tão propícios às explosões de ódio? É esse o mote para que o autor nos conduza por um interessante percurso que costura as relações entre ódio, ciência, saber, clínica e política do psicanalista.
Mauro fala em ódios, no plural, pois quer marcar diferenças nas abordagens teóricas de Freud e Lacan; além de distinguir o fenômeno do ódio no campo do masculino e do feminino, em especial quando se refere à abordagem lacaniana das psicoses. Quer tratar, também, do ódio como fator político; bem como do ódio que espreita as comunidades analíticas e, nesse contexto, reflete criticamente sobre sua busca pelo saber universitário. Com isso, não está dizendo que o saber universitário não interessa ao psicanalista, mas que, além de ele não concernir ao que é próprio da clínica, ainda pode se apresentar como gerador de ódio, na medida em que esse saber pode vir a ser abalado. Propõe, como um fator político, que a Psicanálise retorne a uma prática de leigos, e que suas comunidades abram mão das garantias ilusórias dadas pelo acúmulo de saber e de títulos.
Convoca, finalmente, a uma reinvenção da Psicanálise que se dê pelo caminho a partir do qual a única aposta seja a de “colocar em exercício a dimensão do inconsciente”, pois apenas a partir de uma escuta ética das suas manifestações que seria possível à Psicanálise elaborar algo novo sobre os sintomas sociais destrutivos que nos espreitam na contemporaneidade, bem como articular um “antídoto, não todo”, para as manifestações dos ódios. Uma tarefa que diz respeito não apenas àqueles que exercem a clínica, como também a “alguns outros” que entendem que “o possível da política pela Psicanálise é portador de um impossível”.
Isleide Arruda Fontenelle
Pesquisadora da FGV
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788573213706 |
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Pré venda | Não |
Biografia do autor | Mauro Mendes Dias é psicanalista, diretor do Instituto Vox de Pesquisa em Psicanálise, SP, onde coordena a Oficina da voz, atividade aberta ao público e gratuita, e um grupo de pesquisa sobre mulheres, para membros e convidados. Realiza avaliação e orientação das condutas terapêuticas dos pacientes no Hospital São João de Deus, SP, tendo publicado alguns textos sobre essa experiência, em coletâneas e na Biblioteca do Instituto Vox. Divide com o psicanalista Luiz Eduardo de Vasconcelos, membro do Vox, a coordenação de uma atividade sobre psicanálise e política, voltada para o tema O que querem as identidades? Publicou por essa mesma editora, Por causa do pior, em parceria com Dominique Fingermann, e Os ódios, clínica e política do psicanalista. Tem publicado livros e artigos em psicanálise, assim como realizado seminários em diferentes instituições. |
Peso | 174g |
Autor para link | DIAS MAURO MENDES |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 21 x 14 x 0.8 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 144 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2012 |
Código Interno | 683014 |
Código de barras | 9788573213706 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | DIAS, MAURO MENDES |
Editora | ILUMINURAS |
Sob encomenda | Não |