A invenção e reinvenção do parque público paulistano identifica, analisa e discute o que foi a produção da Prefeitura de São Paulo no provimento de parques públicos da cidade. No ano de 2019, a capital paulista conta com mais de 110 parques públicos municipais e mais 12 estaduais entre urbanos e unidades de conservação. é um número expressivo, ainda mais dentro do quadro brasileiro, no qual são raras as políticas públicas de implantação de um sistema de áreas verdes. O Jardim da Luz é o mais antigo caso, inaugurando em 1825 esse processo na capital paulista, e de lá para cá têm sido desordenadamente criados os parques públicos desse vasto conjunto. A intenção desta obra é poder identificar o que seria o parque público e o que difere das demais áreas verdes paulistanas; entender como a prefeitura produziu esses parques públicos, com o pressuposto de que a própria municipalidade teve motivações e estruturas organizacionais distintas ao longo do panorama histórico de provimento; observar o recorte do que foi produzido no estágio de desenvolvimento dos projetos de parques públicos, extraindo das peças gráficas de fontes primárias as intenções projetuais no tocante ao programa, ao partido e às técnicas construtivas desses projetos com referência à paisagem. Pela imersão nas bibliografias específicas que recompõem o cenário histórico e pelas análises das peças gráficas originais, o conteúdo analítico gerado neste livro é inédito e pode propor ao leitor uma reflexão crítica sobre as características da produção paulistana. A leitura desses projetos, que até então estavam no obscurantismo dos arquivos públicos, permite observar como o parque público foi inventado e constantemente reinventado ao longo da história até nossos dias.