Padres, celibato e conflito social é uma história da Igreja católica no Brasil vista sob o prisma dos padres. A Igreja é um dos eixos fundamentais da política e da vida social brasileiras. Os padres, agentes da instituição eclesiástica, sujeitos a pressões e influências de diversas fontes (da elite, do povo, do Vaticano e de sua própria consciência), constituem rico material de pesquisa sobre como a ação da Igreja se dá.
Serbin destaca especialmente a formação de padres no Brasil. Ao analisar os papéis sociais, o poder econômico e as origens étnicas do clero na era colonial, por exemplo, ressalta o impacto social da atividade missionária da Igreja, seu apoio ao escravagismo e à repressão da cultura indígena e africana.
Abrange, também, períodos de crise, em que vários padres tornaram-se revolucionários, e outros mais amenos, com a romanização da Igreja, o afastamento de padres da política e a proliferação de seminários (de 12 para mais de 600). Apoiado em farta documentação e rica pesquisa histórica, Serbin analisa todos esses períodos em uma narrativa intensa e envolvente, que lhe valeu o Book Prize of the Brazil Section of The Latin American Studies Association.
"O novo livro de Serbin é extraordinário [...] Uma bem-vinda contribuição para a história do Brasil e da Igreja católica na América Latina." - American Historical Review