A relação familiar na atualidade tem sofrido alterações em sua constituição, o que acarreta no aumento dos conflitos entre pais e filhos, marcado pela dificuldade de ambos os lados de se ouvirem. Os ruídos de comunicação estão presentes em razão da falta de uma escuta não punitiva, o que mantém uma relação familiar instável. É fato que os pais precisam ouvir os filhos e os filhos também precisam ouvir os pais, porém a divergência está presente na dificuldade de estabelecer os combinados necessários para o desenvolvimento das boas relações. Na busca de melhorar os vínculos afetivos que contribuam para o equilíbrio emocional nas relações familiares, diminuindo os níveis de estresse entre pais e filhos, o autor traz em seu livro uma contribuição substancial, ao demonstrar que o uso do treinamento das habilidades de comunicação, assertividade e empatia auxiliará na manutenção de um ambiente familiar harmônico. O autor busca trazer para a realidade atual dos pais e dos filhos um modelo de relacionamento interpessoal que permite modificar os comportamentos inadequados, proporcionando vínculos afetivos desejáveis. O desenvolvimento da paciência e da perseverança como atributos necessários às boas relações possibilitará aos pais estabelecer a boa comunicação, permitindo aos filhos a expressividade de sua opinião sobre as questões que os afetam, conforme estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989. Os pais deliberam e decidem sobre o destino dos filhos, mas não ocorre lhes perguntar o que eles acham e se estão de acordo. Afinal, o que eles teriam a dizer?