PAO E ARTE

Zemel tem apenas dez anos, mas já viveu aventuras que muitos adultos sequer seriam capazes de imaginar. Filho de um ferreiro ambulante e neto de um acrobata, ele sempre viveu nas estradas. E sempre foi, também, um apaixonado pelas artes. Quando seu avô sofre um acidente, ele acaba tendo de conseguir um novo mestre. É assim que vira aprendiz do talentoso Cyprien de Pwilrie, um artista de fantoches, e passa a integrar uma trupe de saltimbancos - começando uma saga que vai lhe revelar muito dos perigos da vida.
'Pão e Arte' mistura o universo medieval a referências fictícias, numa irresistível aventura que, com muito suspense, constrói um autêntico libelo contra a injustiça social e a favor da lealdade. Num universo ora encantado, ora bastante parecido com o nosso, o jovem Zemel se depara com a vida árdua de uma região em miséria, oprimida por um governo tirano. Ao mesmo tempo, o garoto descobre como a verdadeira nobreza - generosa em essência - persiste naqueles que a carregam, apesar de todos os perigos e agruras.
Tudo começa quando o grupo de saltimbancos decide partir rumo a Golrod, cidade no Oeste de Athelgard onde, segundo o ferreiro Hank, eles seriam muito bem recebidos - afinal, poucos artistas passam por ali. Mas, já nos primeiros dias de viagem, surgem indícios de que há algo de errado na região. Paisagens de plantações abandonadas, mal-entendidos e um assalto a mão armada: logo, o grupo de artistas descobre que a rota de sua viagem é uma baita enrascada.