“O texto de Diogo Arrais convida a repensar o estatuto da língua. Nem tudo é materno: o autor luta pela consciência linguística. Não é mais a voz nutriz isolada. Surgem regências e sílabas tônicas. São andaimes. Todavia, contrários à sala de aula, não estarão lá como uma nova forma de falar. Os andaimes amparam o prédio renovado da Língua Portuguesa. Eu diria, com certo risco de subjetividade, que Diogo não considera a escrita o reino do “laissez-faire” onde tudo pode de acordo com o gosto. Da mesma forma, não é o aro de aço da regra absoluta e impositiva. Aqui flui uma ideia de patrimônio compartilhado. “Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Camões”, diria Caetano Veloso. Duas unidades: a minha língua e a do outro, eu e o vate dos Lusíadas.” - Leandro Karnal“De forma simples, Diogo apresenta um texto bem-humorado e inteligente, fazendo-nos levemente absorver especial conteúdo relacionado à nossa tão rica gramática. Mescla na obra muito de suas origens e, ainda, a benção de sua construção familiar. Quem o conhece pode perceber que suas palavras mostram de onde veio, o esforço que empreendeu para estar onde está, os saltos que seus pais deram para que ele pudesse exercer sua genialidade. Da mesma forma, é inegavelmente grato, e nós podemos perceber isso em todos os momentos de sua obra. De fato, e nos provocando ainda mais, o professor Diogo Arrais inverte o ônus da prova e nos mostra que “Para amar a língua... é preciso ler”, mas também nos ensina que “Lendo, aprendemos a amar a língua”. Ao final da leitura, o gosto de um volume II vem em nossa mente... Boa leitura!” - Daniel López (Chief Operating Officer – Atos)