No livro Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade feminina, Ingrid Gerolimich reflete sobre os impactos do amor romântico na vida de gerações e gerações de mulheres e, recorrendo a questionamentos pessoais e pensadoras como Audre Lorde, Michelle Perrot, Suely Rolnik e bell hooks, apresenta a amizade como um tipo de afeto tão ou mais satisfatório no contexto feminino contemporâneo. Seria a amizade entre mulheres o novo amor romântico?
O texto de Ingrid, que também é socióloga e documentarista, é uma flecha certeira: “Ainda que as mulheres tenham avançado na luta e conquista de direitos, nossa cultura provoca um sentimento de incompletude e a crença de que o amor romântico é a coisa mais importante a ser conquistada na vida”. Não é. Casamento, seja da forma que for, é mais uma fração de uma matemática que deve incluir outras possibilidades de troca. — Trecho retirado do artigo “Mulheres são praticamente meu manual de sobrevivência. Mas ninguém pergunta.” publicado na coluna Universa do site UOL.
Maria Ribeiro
Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade feminina, da psicanalista e socióloga Ingrid Gerolimich, é um manifesto libertário escrito especialmente para mulheres que ainda estão prisioneiras do mito do amor romântico, uma das maiores fontes de frustração, culpa e sensação de fracasso feminino. Ingrid questiona tudo o que impede os caminhos da libertação feminina e revela que há um cansaço existencial que tem tomado conta de muitas mulheres que colocam o amor romântico como o elemento principal da felicidade. Ela acredita no poder revolucionário da amizade, não como um substituto do amor romântico, mas como um caminho possível para a felicidade e liberdade feminina. O livro é um fascinante convite a uma revolução amorosa, um chamado para que abracemos o poder que nasce da verdadeira amizade entre as mulheres.
Mirian Goldenberg
O livro Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder