Bernard Goldberg trabalhou quase trinta anos como repórter da rede de televisão americana CBS, durante os quais ganhou vários prêmios Emmy. Ele sabe, portanto, como as reportagens são feitas e também como agem e o que pensam seus colegas de profissão. Mas duas coisas o incomodavam: a arrogância e o viés ideológico crescentes dos jornalistas. Foi quando ele se deu conta de que estes cada vez mais ignoram suas funções primárias: fazer reportagens objetivas e desinteressadas e mostrar sempre os dois lados de qualquer questão. O autor, embora com quase três décadas de experiência, descobriu um pouco tardiamente aquilo que a maioria dos americanos talvez já tenha percebido: a imprensa não reflete a visão de mundo da maior parte da população. Pelo contrário, as reportagens estão cada vez mais tendenciosas e os jornalistas já não se contentam em apresentar os fatos ou expor os dois ângulos de uma controvérsia; eles distorcem as notícias e querem impor suas opiniões e pontos de vista aos telespectadores ou leitores. Neste livro, que esteve em primeiro lugar na lista de best-sellers do The New York Times, o autor faz mea-culpa e denuncia que a cobertura jornalística é freqüentemente distorcida para beneficiar os partidos, os grupos, as pessoas ou as idéias que são da preferência dos jornalistas. O resultado desse viés ideológico foi o declínio da audiência dos programas jornalísticos de três das principais redes de televisão americanas (CBS, NBC e ABC) e a queda da tiragem dos grandes jornais impressos; e também explica a revitalização do rádio nos Estados Unidos.