Apesar de o PTB do Paraná enfrentar inúmeras dificuldades estruturais e financeiras durante os seus primeiros anos de existência, foi o partido político que mais cresceu estruturalmente e eleitoralmente no estado ao longo dos anos 1945-1964. Embora o PTB não tenha conquistado o governo paranaense, tornou-se uma importante força política e conquistar o seu apoio foi estrategicamente fundamental para que todos os governadores do Paraná garantissem a maioria na Assembleia Legislativa. Por isso, foi sistematicamente cortejado por todos os governadores paranaenses. Após obter um significativo crescimento eleitoral em 1950 em virtude da força simbólica do getulismo e da doutrina trabalhista, o PTB do Paraná manteve-se estável em 1954, perdeu as eleições para o governo do estado em 1955 e obteve um excelente desempenho nas eleições de 1958 em razão de uma série de fatores: o poder simbólico do getulismo e da doutrina trabalhista, a defesa das bandeiras nacionalistas e reformistas por parte dos “pragmáticos-reformistas”, o financiamento eleitoral feito pelos “plutocratas” e a presença de Jânio Quadros na legenda petebista. Com a débâcle do lupionismo, o PTB consolidou-se como a principal força política do Paraná no final da década de 1950. Entretanto, com a morte de Souza Naves – o principal líder trabalhista no Paraná – e a ascensão meteórica do PDC e de Ney Braga, na década de 1960 o PTB e o neyismo passaram a ser as principais forças políticas do estado. Porém, o golpe civil-militar de 1964 enfraqueceu os petebistas e garantiu a hegemonia do neyismo no Paraná durante as décadas de 1960 e 1970.