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    Sinopse

    Rara vez uma editora iniciante tem o privilégio de oferecer ao seu público ainda em formação um livro que já nasce clássico. Evandro descobriu as letras depois dos cinquenta anos - tem 78 hoje - e, como não é raro nos amores tardios, ele chegou para ficar, o que se traduz numa dedicação exclusiva à literatura. Isso não impede que Evandro seja uma pessoa sedenta por informação e que, ao seu modo, busque diuturnamente nas conversas nos cafés os elementos que moldam esse mundo turvo, não raro sombrio e intolerante, que tomou forma em todos os continentes, cada qual à sua maneira – em especial no Brasil, realidade que nos afeta frontalmente. Para quem o conhece, sabe que mais cedo ou mais tarde tudo desaguará em textos primorosos, cobiçados por um seleto grupo de aficionados. Evandro Affonso Ferreira, mineiro de Araxá, um dos maiores escritores brasileiros deste século, é ganhador de dois prêmios APCA, um Machado de Assis, um Biblioteca Nacional, um Bravo! e dos Prêmios Jabuti. Segundo o tradutor Irineu Franco Perpétuo, trata-se de um autor para quem "tudo é linguagem, mesmo quando ele diz não ser. (...) Ele continua a moldar cada frase com apuro de ourives, buscando a palavra justa que se encaixe na cadência inequivocamente musical de seu estilo." Em alusão poética ao amigo José Paulo Paes, "tradutor de Laurence Sterne a Kazantzakis, passando por Kaváfis, Ovídio, Aretino, Auden, Paul Éluard, Willa Carther e Dino Buzzatti", diz Irineu: "Evandro agora toca nessa tragédia cada vez mais pungente em nossa era de solidão e incomunicabilidade, de apartamentos minúsculos que são, a um só tempo moradia e local de trabalho: o falecimento de um gato. Não se trata de um gato ardilosamente antropomórfico, como o pomposo Murr, de E. T. A. Hoffmann, ou o diabólico Behemoth, de Bulgákov. O bichano de Evandro é inescapavelmente felino eivado de “desapego absoluto às risonhas expectativas”. Após sua perda, causada por descuido do proprietário – um fatal rolo de barbante jogado em um canto da sala –, este se sente “fisgado por desesperança sem fúria” e, “nos passeios agora solitários pelo bairro”. Como Evandro sempre diz, “tudo que é ruim pra vida, é bom pra literatura”. A esse respeito, aduz Vânia Cavalcanti: "É como se Evandro não falasse só da morte dos que morreram, mas também da dos que ficam, até porque ele toca também nesta espécie de morte que é esta solidão coletiva nas grandes cidades de apartamentos pequenos, onde o trabalho solitário não é companhia, e sim testemunha da solidão." A historiadora Mary del Priore reforça o argumento: "Na busca pelo passado e pelo bichano, o personagem revela a tristeza invulnerável daqueles que sabem que nada têm, a não ser a eles mesmos. E num texto extremamente sensível e poético, o autor comprova que sabe cair de pé, elegante como um gato.” Disse Fernando Paixão: "Li o texto inspirado no José Paulo Paes. Gostei muito. Acho que o poeta também vai ficar feliz." Zélia Duncan também lavrou o seu recado: "Esse livro vai desfazendo um novelo de afetos e nos convidando a passear com ele por uma história que é sua, porque também é de outros a quem ele ama. Seus fragmentos se grudam em nós de um jeito inteiro e, vamos por sua estrada afora, onde o gato visita as linhas de um livro, pelo simples fato de dormir sobre ele. Evandro, me desculpe só te conhecer agora, mas suas palavras poéticas e você estão virando meus mais recentes amigos de infância!"

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9786599770371
    Pré vendaNão
    Biografia do autorEVANDRO AFFONSO FERREIRA, bom mineiro de Araxá e morador de São Paulo há mais de meio século, gosta de escrever livros nos cafés da cidade gigante. Para tanto, acorda cedo, toma os remédios, ajeita o chapéu Borsalino e sai de casa para explorar o universo rico dos caminhantes. Quando não tem compromisso com a literatura – oficina, entrevista, debate ou reunião com a editora -, ele vai vivê-la. Ou seja, é ela ou ela, sem concessão a prazeres tépidos, sequer cinema ou teatro. Claro, abrirá uma exceção para um exame médico, mas isso só rara vez. Caminha, portanto, pela saúde mas sempre a serviço, registrando cenas urbanas na retina vacinada e curiosa. Desde que vendeu o Avalovara, o sebo-santuário dos escritores de alta gama, ele se integrou à paisagem da cidade. Ganhou mobilidade e, a passo apertado, é, a seu modo, veloz no corpo de maratonista etíope. Até por isso, é difícil acompanhá-lo por cinco minutos na avenida Paulista. Nesse percurso, é certo que alguém o abordará para cumprimentos – de jovens imberbes a senhorinhas de cabelo azulado. Pode ser uma aluna do Clube Paulistano. Ou, não raro, uma fã das casas onde brilha: a das Rosas ou a do Saber. De vez em quando, Evandro trabalha os três turnos do dia. Onde, portanto, o romantismo do ofício? Quem disse que escritor está ao abrigo das contas? Como é comum com os mestres, ele trata de minimizar os pequenos surtos de vaidade e segue em frente. Ficará sim lisonjeado com um elogio ao texto, sua marca. Então retomará a escrita diante de uma xícara espumante. E sua majestade, a escrita? Ora, o foco jamais estará no enredo. Para ele, a narrativa -linear ou não - está fora do propósito de um escritor sério. O que conta é a escrita. No mundo de Evandro, os elementos só ganham sentido se sente que coleta material para a literatura. O mais impressionante é que ele sai de casa cedo e volta tarde. Forte e resistente, lembra também Ho Chi Min – o homem pequenino de enorme estatura que bateu as grandes armadas. No caso dele, os exércitos que o atormentam são os da consagração da mediocridade. Evandro caminha, conversa e trabalha além da média. Ele mesmo ironiza a dinâmica que se instaurou, dando mostra de uma picardia bem sua: “Já me perguntaram: Evandro, quando você escreve?” O que significa, na verdade, que trabalha o dia todo. Isso porque mesmo quando está em casa, ele continua processando os fatos do dia – política e costumes – para, aberta a brecha, lhes dar forma literária. Tal como disse Ariano Suassuna, citado dia desses por Raimundo Carreiro, ele também acha que literatura é erudição e metáfora. Você concorda com isso?, perguntamos enquanto tomávamos um expresso. Isso não é hermetismo? Não, não. O que não foi isso para ele é jornalismo. Subjugar a palavra não é com ele. Submetê-la às peias da clareza e concisão, é tarefa para o andar de baixo.
    Peso150g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões21 x 14 x 0.8
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas72
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2023
    Código Interno1037150
    Código de barras9786599770371
    AcabamentoBROCHURA
    AutorAFFONSO FERREIRA, EVANDRO
    EditoraAZUCO EDITORA
    Sob encomendaNão

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