A inserção feminina no mundo do trabalho, e o declínio do patriarcado e do exercício da função paterna, trouxeram mudanças às famílias e fizeram o homem se deparar com a exigência de revisão do seu papel de pai no mundo contemporâneo. Neste livro buscamos saber de que forma a subjetividade do homem-pai é constituída na convivência afetiva com o filho e constituinte do desenvolvimento emocional de ambos. Partindo de algumas perspectivas históricas traçamos o percurso da paternidade, desde a sua descoberta até os dias de hoje, e apresentamos alguns aspectos significativos da subjetividade do homem-pai, em conexão com a Educação e a Psicanálise. Pelas lentes de algumas mídias, percebemos um novo comportamento no homem-pai e através de entrevistas encontramos o pai que chamamos diligente. Pois congrega, ao seu papel, a função paterna, cuidando do filho e educando-o, numa relação de cumplicidade, responsabilidade e afeto, sem a presença da mãe da criança. As narrativas desse modelo de homem-pai, por ele mesmo, permitiram-nos compreender melhor o que é ser pai hoje e romper o silêncio histórico do pai. Esse tipo de pai dá conta, sozinho, da formação e da educação do(s) filhos(s) e de suas demandas objetivas e subjetivas, adequando, à contemporaneidade, as referências paternas e/ou maternas, com as quais foi criado. Convidamos você, leitor, a trilhar conosco esse percurso.