Este projecto começou no ano de 2007, na sequência do trabalho desenvolvido ao longo do tempo pela Fundação Gulbenkian na preservação do património histórico de origem portuguesa no Mundo, espalhado pelos vários continentes. Durante muitos anos, a Fundação foi a única instituição portuguesa a financiar e a promover a recuperação do património português existente, como aconteceu nos Países Baixos, Malta, Marrocos, Benim, Quénia, Brasil, Uruguai, Irão, Índia, Bangladesh, Tailândia e Malásia. Para o presidente da Fundação, este projecto é uma continuidade, mas também um trabalho "pioneiro na inventariação sistemática do vasto legado arquitectónico e urbanístico de origem portuguesa que se encontra fora da Europa". Emílio Rui Vilar formula o desejo, no prefácio deste volume, de que estas obras e o conteúdo que encerram possam constituir "um instrumento de referência para pessoas e instituições que pretendam contribuir, pelo estudo e pela acção, para a preservação de uma herança comum." As obras são o resultado de um trabalho de equipa em que se envolveram reconhecidos especialistas, coordenadores para as diferentes áreas geográficas: Filipe Themudo Barata para os países islâmicos do Norte de África e do Golfo Pérsico; Walter Rossa para o Oriente; Renata Malcher Araujo para a América do Sul e José Manuel Fernandes para a África Subsaariana. O projecto teve a coordenação técnica de Maria Fernanda Matias, assessora do Serviço Internacional da Fundação, o departamento que tem acompanhado todas as acções relativas ao património português no mundo. Na direcção do projecto, além do historiador José Mattoso, esteve também Mafalda Soares da Cunha, professora universitária e antigo membro da Comissão para as Comemorações dos Descobrimentos. Além deles há cerca de 70 autores de entradas, seleccionados de entre os principais especialistas sobre os diversos temas e regiões.