Este livro está dividido estruturalmente em três eixos: Eixo 1 – Perspectivas epistemológicas da pesquisa (auto)biográfica; Eixo 2 – Perspectivas teórico-metodológicas da pesquisa (auto)biográfica; e, Eixo 3 – Referenciais e práticas (auto)biográficas no campo da educação. O primeiro eixo é centrado em reflexões e provocações relacionadas à construção epistêmica, conceitual, que estimulam a desnaturalização da apreensão e reprodução do conhecimento como construção de estruturas (re)produtivas modernas – uma imposição conservadora e hierárquica da modernidade individualista e consumista. O segundo eixo legitima-se no reconhecimento das narrativas (auto)biográficas como construção de si, do outro e do mundo enquanto realidade contextual de consciência; relação processual metodológica que reconfigura o conhecimento e a construção da história e da cultura – como espaço existencial de reconhecimento de si e do outro. O terceiro eixo centra-se no exercício, isto é, nas práxis, de associação de todas as experiências epistemológicas e metodológicas com os espaços do campo da educação formal e informal, escolar e não escolar; pois, como humanos permanecemos humanos, como afirma Paulo Freire, no gosto de ser gente, porque inacabados, sabemos que somos seres condicionados, mas conscientes do inacabamento, também sabemos que podemos ir mais além. É com as inquietações, estudos e proposições do movimento (auto)biográfico brasileiro e de outros países face à constante formação da pessoa no complexo mundo hodierno, que convidamos o leitor a adentrar nos textos do livro, seja adotando a lógica que utilizamos para os distribuir pelos respectivos eixos, seja escolhendo os títulos que lhe suscitem mais interesse. Independente do arranjo adotado, esperamos que o leitor sinta no conjunto das leituras que realizar um todo orgânico, qual seja a crença na formação humana.