Uma das facetas pouco conhecidas do compositor e instrumentista Pixinguinha é a de arranjador genial. Entre as décadas de 1940 e 1950 ele trabalhou como diretor musical do programa O Pessoal da Velha Guarda, transmitido pela Rádio Tupi e apresentado por Almirante. O programa evocava o rico cenário musical do final do século XIX e início do século XX, período em que se construiu a identidade da música popular brasileira. Com um clima saudosista, trazia aos ouvintes arranjos de Pixinguinha tanto para composições mais antigas de Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Mário Álvares, Paulino Sacramento, entre outros como para obras de compositores contemporâneos, como Jacob do Bandolim e o próprio Pixinguinha, que dialogavam com a sonoridade típica daquele momento peculiar, em que conviviam ritmos como a polca, o tango, o maxixe, a valsa, a marcha e o schottisch. A publicação contém uma caixa especial com 36 partituras mais um livro com textos da organizadora do projeto e coordenadora de música do IMS, Bia Paes Leme, da pesquisadora Anna Paes, do violonista e arranjador Paulo Aragão e do bandolinista e maestro Pedro Aragão. Duas partituras reunidas nessa edição especial são de músicas inéditas do compositor. Pixinguinha é um dos mais importantes músicos brasileiros de todos os tempos. Esta valiosa publicação histórica serve para apresentá-lo a quem eventualmente não o conheça e mostra também este lado inédito, ou em parte desconhecido, para muitos de seus admiradores” comenta Hubert Alquéres, presidente da Imprensa Oficial.