Os tiroteios da política brasileira não intimidam Danilo Gentili. Pelo contrário. As armações dos poderosos abastecem o repertório do comediante paulista, que vê graça nos absurdos do poder. Em Brasília, cidade que ele elegeu como uma ''segunda casa'', enfrenta semanalmente os engravatados da Esplanada dos Ministérios, no front do programa de tevê CQC. Ninguém mais indicado do que ele, portanto, para criar um espetáculo de comédia stand up totalmente dedicado ao circo das politicagens. É esse o tema do show Politicamente incorreto. ''O show não é apenas inédito. É único. Foi escrito para ser apresentado apenas num dia. São piadas que nunca fiz antes'', explica Gentili, 31 anos. Com esse audiolivro inédito, o humorista promete mexer com os brios de militantes e candidatos. A polêmica, aliás, é um tempero que não costuma faltar nas tiradas de Gentili - seja no teatro, na tevê ou via internet. ''Os militantes políticos não devem ficar irritados comigo se acharem que eu ofendi o candidato A ou B. Devem é aprender com os candidatos a dádiva do perdão. Quer mais ofensa do que as que Lula, Sarney e Collor trocaram no passado? Olha só hoje: são todos amigos e parceiros de negócios'', alfineta.