Em março de 2012, Greg Smith publicou um artigo no jornal The New York Times intitulado "Por que estou saindo do Goldman Sachs". O texto rapidamente se espalhou pela internet, e provocou respostas enérgicas por parte do mercado financeiro e até do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Principalmente, porque tocou numa questão central para os que questionam o papel de Wall Street e de sua mentalidade cruel de lucro rápido e fácil que levou a economia mundial a um colapso há poucos anos. Agora, o autor dá continuidade a sua narrativa. A história começa no ano 2000, quando Smith, então com 21 anos, iniciou sua carreira no Goldman Sachs como estagiário e foi apresentado ao Princípio No1 dos negócios do banco: "Os interesses de nossos clientes vêm sempre em primeiro lugar." Desde então, esta frase permaneceu como o mantra de Smith ao longo de sua ascensão dentro da empresa, com uma carteira de clientes que administrava mais de três trilhões de dólares em ativos. Desde o estouro da bolha da internet, quando ainda era estagiário, ao dia em que Warren Buffet interviu para evitar que o Goldman Sachs desaparecesse, o autor detalha como a instituição, que participou da abertura de capital de empresas emblemáticas como Ford, Sears e Microsoft, tornou-se um vampiro que chamava clientes de "fantoches" e teve que pagar multa recorde de meio bilhão de dólares à Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA. Smith mostra a transformação de Wall Street em uma indústria dividida por causa de conflitos de interesse e pela mentalidade do lucro acima de tudo, à custa do próprio sistema econômico e da sociedade como um todo.Depois de falar com nove sócios do Goldman Sachs ao longo de um período de doze meses, Smith se convenceu de que a única forma de mudar o sistema seria por meio das declarações de alguém que já fez parte dele. Abandonou a carreira e tomou a questão nas próprias mãos. Esta é sua história.