Imagine Porto Alegre entre 1897 e 1937. Conhecer a história da cidade onde se vive é construir uma parte de nossa cidadania. É aprender a valorizar os paralelepípedos das ruas, os monumentos significativos, as construções que marcam momentos das atividades do comércio, da indústria e da vida cultural.
De uma forma simples, o texto ilustra o importante papel do administrador na cidade e na condução de nossas vidas. Instiga novas pesquisas que reflitam sobre interesses presentes no planejamento de serviços de utilidade pública em Porto Alegre, a defasagem entre receita e despesa dos orçamentos municipais e melhoramentos já existentes, entre outros assuntos.
Mostra ainda que Porto Alegre é um dos principais centros econômicos rio-grandenses, um espaço ideal para a realização de projetos político-administrativos do governo estadual. Essas condições conferiram à cidade a responsabilidade, segundo o discurso da época, de ser uma espécie de “sala de visitas” do Estado. Justificaram também o continuísmo de apenas três homens no governo de Porto Alegre ao longo de quarenta anos, uma estratégia do Partido Republicano, hegemônico no Estado, para permanecer no poder.