Descrito por Alejandro Zambra como um romance “brilhante, ousado, sem dúvida brincalhão e ao mesmo tempo sombrio e amargo (…)”, o enredo tem como personagem central um jornalista que viaja para o bairro fictício de Poso Wells para tentar desvendar um mistério sobre mulheres desaparecidas. O lugar, que não aparece em nenhum mapa, é um território de moradias de pau a pique, junco e compensado, construídas sobre águas de esgoto e barro apodrecido.
Palco de contendas eleitorais, Poso Wells presenciou a comitiva de um candidato à presidência do país ser eletrocutada num comício organizado na cidade. Gonzalo Varas, o jornalista designado a cobrir a trama do desaparecimento de mulheres, se vê então às voltas em um submundo de políticos corruptos e especuladores de terras, em uma viagem que permeia o fantástico e o real.
Originalmente publicado no Equador pela Eskeletra Editorial (2007) e aclamado pela crítica em diversos países da América Latina e Estados Unidos, onde saiu pela City Lights em 2018, Poso Wells chega ao Brasil com texto de orelha de Veronica Stigger, que aponta: “Gabriela Alemán soube cifrar muito bem na imagem de Poso Wells e, especialmente, na de seu terreno baldio, o horror e a miséria da América Latina, o continente mais violento do mundo, em que se parece viver sempre sob ameaça, em que a sensação de perigo não vai embora só de tentar, convive-se com ela o dia inteiro”.
“Poso Wells é irônico, audacioso e feroz. Mas o que é exatamente? Uma sátira? Um romance de ficção científica? Uma história policial política? Ou a mais pura realidade da América Latina contemporânea? Inconfundível, como todos os grandes livros”, disse Samanta Schweblin.
O romance Poso Wells inaugura a coleção Escritoras das Américas, do selo paraLeLo13S.
Sobre a autora_ Gabriela Alemán nasceu no Rio de Janeiro e viveu em diversos países até se estabelecer em Quito, Equador, com sua família. Uma das autoras contemporâneas mais aclamadas na América Latina, seu trabalho inclui os l