O preconceito, seja ele de que natureza for, é uma crença pessoal, uma postura individual diante do outro. Qualquer pessoa pode achar que um modo de falar é mais bonito, mais feio, mais elegante, mais rude do que outro. No entanto, quando essa postura se transforma em atitude, ela se torna discriminação e esta tem de ser alvo de denúncia e de combate. No caso da língua, é imprescindível que toda cidadã e todo cidadão que frequenta a escola (pública ou privada) receba uma educação linguística crítica e bem informada, na qual se mostre que todos os seres humanos são dotados das mesmíssimas capacidades cognitivas e que todas as línguas e variedades linguísticas são instrumentos perfeitos para dar conta de expressar e construir a experiência humana neste mundo. “A contundência e a radicalidade com que Bagno costuma expor suas críticas (frequentemente em meios de ampla difusão) fizeram dele uma personalidade extremamente polêmica, que conquista adesões entusiastas e ódios incondicionais. Trata-se de um linguista combativo, de todo afastado do modelo do acadêmico supostamente neutro. Bagno toma partido abertamente, convencido de que esta é a única maneira honesta de contribuir para o conhecimento”, Pere Comellas Casanova Universidade de Barcelona.