"O bom filho à casa torna", diz-se. E assim bem pode dizer-se a propósito desta oitava edição do Prémio EDP Novos Artistas. Tendo começado no Museu da Electricidade, com a exposição de Joana Vasconcelos, na sua primeira edição, em 2000, andou por fora nas outras edições (no Museu Nacional de Arte Antiga e Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, em 2002 e 2003; no Museu de Serralves, Porto, em 2003; de novo em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, em 2004; no Pavilhão Centro de Portugal, Coimbra, em 2005; e, finalmente, na Central do Freixo, Porto, em 2007), e, agora, regressa ao Museu da Electricidade, revisto e aumentado. Para o cenário da Central Tejo, os nove artistas, seleccionados de um conjunto aberto de quatrocentas e treze candidaturas, conceberam as suas obras e realizaram-nas naquele enfrenta mento do mundo que faz da arte uma das suas medidas mais infalíveis. Esta exposição do Prémio EDP Novos Artistas 2009 é uma exposição (o que é mais invulgar do que se julga), e não apenas um conjunto ocasional de peças que se encontram, acumulam, justapõem, avizinham, desencontram. É, verdadeiramente, uma exposição pelo caminho que abre, pelo jogo que lança, pela passagem que dá, pelo confronto que acende: cada obra a desafiar incessantemente as outras.