Arnaud Desjardins conviveu com várias tradições religiosas do Oriente . Seu contato com sábios, iogues, sufis, budistas, hindus e cristãos favoreceu-lhe uma experiência viva da qual extraiu a certeza de que todos esses ensinamentos, embora se expressem de maneiras diferentes, reúnem uma busca e realização interiores muito semelhantes. São ensinamentos que datam de três ou quatro mil anos, mas que exprimem antigas verdades que não morrem e fornecem elementos para uma vida assentada na harmonia íntima e na serenidade. Ele próprio afirma: "o amor é o amor, e não há como distinguir o amor cristão do amor budista ou do amor sufi... vive ou não vive um ser em estado de amor pelo próximo? É essa, acerca disso, a única pergunta. ... a paz interioré a paz interior". Não é preciso refugiar-se em um mosteiro ou isolar-se em um eremitério para alcançar a felicidade. Para ele, é possível essa realização profunda e permanecer ao mesmo tempo conectado ao mundo e dele participar integralmente. É então que todos os medos desaparecem; a serenidade é alcançada e toma conta da personalidade do indivíduo de forma definitiva. É neste nível que o ser humano se realiza.e ocorre o fenômeno de sua identificação com toda a vida. O egoísmo e a individualidade se apagam ao mesmo tempo em que a pessoa adquire a plena posse de si mesma.