Talvez a mensagem mais forte que decorre da investigação de Miguel Romão seja mesmo a de que conhecer melhor o passado - um passado com tantas sugestões de diversidade e de mudança, e mesmo de reutilização do "déjà vu" - aumenta, afinal, a nossa capacidade de escolher. Incluindo a de escolher aquela parte do passado que queiramos escolher para nos inspirar, ou para erradicar. (Alberto Costa) Numa escrita cuja elegância, convocando sempre «o prazer do texto», não impõe qualquer concessão por parte do rigor da investigação e da exposição dos seus resultados, Miguel Romão, dirigindo-se, antes de todos, à comunidade científica e académica, sem jamais se fechar num núcleo restrito de uma elite de sábios, não deixa de seduzir o leitor culto, empenhado na tarefa cidadã de «tomar parte» nos assuntos da cidade. (Laborinho Lúcio) Miguel Romão enceta um diálogo com o presente e algumas das preocupações actuais, como a discussão sobre o futuro da pena de prisão, as condições prisionais ou a procura de novos equilíbrios (...) entre a defesa contra os inimigos do Estado e o modelo de um Estado de Direito assente nos direitos fundamentais. (...) Está de parabéns a ciência portuguesa: prisão e ciência penitenciária em Portugal vai impor-se como uma obra que exprime o melhor do estado da arte das ciências histórica e jurídica no início do século XXI. (António Pedro Barbas Homem).