O Sistema Penitenciário no mundo, em especial no Brasil, sofre uma crise institucional na atualidade. O Brasil ocupa a terceira posição no encarceramento de pessoas, com 726.712 mil pessoas em privação de liberdade, homens e mulheres em idade produtiva, sem considerar os mandados de prisão e os que se encontram em delegacias. Se considerarmos todos, ultrapassa a cifra de 1 milhão de pessoas . O impacto social desta realidade se reflete nas famílias, na sociedade e na administração política dos estados e do país. Os dados oficiais sobre o Sistema Penitenciário mostram que, aproximadamente, 61% das pessoas privadas de liberdade não possuem o Ensino Fundamental completo. Sobre a qualificação para o trabalho, não se tem dados específicos que retratem essa realidade. No entanto, tendo por base o índice de desemprego no país, a baixa escolaridade e o nível de exigência do mundo de trabalho, podemos inferir que a qualificação laboral é baixa, repercutindo na sua informalidade. Esta obra, de certa forma, por tratar de temas diretamente relacionados aos direitos humanos, se apropria da voz das/dos autoras/es para lembrar os 130 anos de Abolição da Escravidão, os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e os 30 da promulgação da Constituição Brasileira. Os direitos pela dignidade das pessoas foram conquistas que exigiram estudos, diálogos, mobilização, resistência e participação social. Esperamos que esta leitura avive em cada um/a o protagonismo, a igualdade e justiça social.