Segundo a Mitologia Grega, os homens foram criados não apenas uma vez, mas cinco, constituindo as gerações de Ouro, Prata, Bronze, Heróis e Semideuses e ferro. Os mitos gregos tratam principalmente da quarta geração, quando heróis e semideuses habitavam o mundo. A última geração, a do Ferro, é a que habita ainda hoje sobre a terra. Através dos seus aedos e poetas, ela vive com a recordação da geração heróica que a precedeu. Mas apesar dessa raça não ser tão grandiosa quanto a anterior, os homens pertencentes a ela conseguiram, com muito trabalho, superar os problemas e provações que enfrentaram. Muito desse mérito cabe aos esforços do titã Prometeu, o deus que mais amou os homens. Prometeu dedicou sua vida a uma missão sagrada: ajudar os mortais a viverem uma vida melhor. Os homens pertenciam então à geração de bronze. Os ensinamentos do titã, no entanto, não desapareceram junto com essa geração, mas passaram para as seguintes. Foi ele quem lhes deu o fogo, que tinha obtido da forja de Hefesto. Então os ensinou a fundir minérios e a construir utensílios. Também mostrou como domesticar animais, navegar mares e combater doenças com ervas medicinais. Porém, os homens da terceira geração eram muito altos e, com a ajuda do fogo, tornaram-se muito fortes. Desgostoso com esse poder, Zeus resolveu puni-los, tomando de volta o presente de Prometeu e o escondendo no alto do Olimpo. Mesmo contra a vontade do senhor dos deuses, o titã foi escondido ao Olimpo e tomou novamente o fogo, dando-o à humanidade, desta vez para sempre. A cólera de Zeus não teve limites: ele castigou duramente os homens, levando-os à completa destruição, e puniu o bondoso titã com o pior tormento que se podia imaginar; amarrou-o a uma rocha, para que durante toda a eternidade uma águia viesse diariamente lacerar-lhe o fígado, que tornava a se reconstituir à noite.