O notório prolongamento da esperança de vida faz prever um forte crescimento da população de adultos idosos. Importa assegurar a estas novas gerações de seniores uma real qualidade de vida e de integração social. Trata-se não apenas de envelhecer, mas de envelhecer bem. Uma consequência desta transformação traduz-se no aumento significativo de doenças associadas ao envelhecimento e, nomeadamente, das demências neurodegenerativas de tipo Alzheimer. A abordagem destas problemáticas implicou o desenvolvimento de um campo inovador de conhecimentos e práticas, o da psicologia do envelhecimento, que constitui o objeto desta obra. Uma abordagem desenvolvimental propõe um certo número de modelos, que permitem apreender melhor os mecanismos do «bem envelhecer». Uma vez que o envelhecimento é marcado por importantes modificações das atividades intelectuais, a psicologia cognitiva é, igualmente, solicitada, a fim de compreender os processos afetados pelo avançar na idade, como a memória, a resolução de problemas, a atenção ou a inteligência. Uma perspetiva mais clínica considera a abordagem das patologias inerentes ao envelhecimento, como a doença de Alzheimer e as perdas de autonomia. Finalmente, não é de esquecer o aspeto social, com a passagem à reforma, o isolamento e as relações inter-geracionais a merecer tratamento psicossocial. A problemática do ego através da autoestima e a perda de controlo e de autonomia constituem, de igual modo, elementos incontornáveis da qualidade de vida dos adultos idosos.