Este trabalho, que originalmente foi produzido como dissertação de mestrado, aborda a participação dos habitantes do Rio Grande do Sul da primeira metade do século XIX nas organizações militares não profissionais da época: as Milícias e a Guarda Nacional. Trata-se de uma história social da guerra, numa abordagem que analisa a participação da população rio-grandense naquela conjuntura de grande militarização da sociedade em função da Guerra da Cisplatina e da Guerra dos Farrapos. Quando o dia-a-dia de todos era extremamente permeado pelas arregimentações, deserções, mobilizações, combates... Neste sentido, baseado em numa grande pesquisa documental, o autor analisa como milicianos e guardas nacionais reagiam frente às obrigações do serviço das armas, centrando seu olhar naqueles indivíduos que formavam as unidades e não nos que ocupavam os mais altos postos de mando. Sem dúvida, este é um trabalho indispensável para quem tem o interesse de compreender o Rio Grande do Sul de ontem e de hoje. Um espaço marcado profundamente pela ação de exércitos e, atualmente, por vezes, compreendido através de concepções que não resistem à crítica de uma análise historiográfica.