Em novembro de 1977, do observatório Hale, na Califórnia, Charles Kowal avistou um corpo celeste, com diâmetro estimado entre 100 e 400 km e órbita de 49 a 51 anos, afetado por perturbações dos planetas vizinhos, Saturno e Urano. Quíron, que recebeutal nome em homenagem ao Centauro da mitologia grega, é, para os astrônomos, apenas um 'planetóide' que pode vir a ser ejetado do nosso sistema solar do mesmo modo abrupto como foi incorporado a ele. Mas, para os astrólogos, a descoberta causou uma reação sem precedentes. A onda de interesse, provocada pelo acontecimento e pelos múltiplos significados ocultos do planeta, fez com que cada vez mais astrólogos incluíssem Quíron em seus trabalhos. Metade homem e metade cavalo, na mitologia grega Quíron é o Centauro, fruto da união do deus Crono com a ninfa Filira. Abandonado por ambos, Quíron é adotado por Apolo e passa a representar a união das forças primitivas com a razão apolínea. Imortal, mas ferido por Hércules, sua ferida jamais se curae, ironicamente, adquire maior poder de curar os outros quanto mais tenta aliviar sua própria dor.