O livro faz parte da Série Escrita Psicanalítica, que conta com, também com traduções do alemão de Sándor Ferenczi e Karl Abraham e ensaios inéditos contemporâneos. Abaixo, trechos da introdução de Ignácio A. Paim Filho: "Meu lugar de fala: Negro, assimilado pelo mundo conceitualbranco, personificação do “negro único” em ascensãosocial, exemplo clássico do “tonar-se negro”, tema que dá títuloao livro de Neusa Santos Souza (1983)." "Através dos apontamentos que compõem este livro, anseio trabalhar o que a psicanálise, em particular o pensamento freudiano, tem a nos dizer: penso que é bom que certas coisas sejam ditas. Diante desta proposição, um enfrentamento deve ser feito entre a psicanálise e os psicanalistas, com seu legado racista, em prol da psicanálise e dos psicanalistas antirracistas que queremos ser. Condição a priori para a efetivação das singularidades do pensamento psicanalítico brasileiro, o decolonizar- se: racismo e colonização são elementos constitutivos da invenção do subalterno, com seu trabalho de servidão involuntária. Por uma psicanálise implicada." APRESENTAÇÃO DO AUTOR Médico, psicanalista, membro pleno do Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre (CEPdePA) e membro titular e didata da Sociedade Brasileira de Porto Alegre (SBPdePA). Tem como objeto de estudo e investigação a metapsicologia e o método freudiano. Administra grupo de estudos sobre o legado freudiano. Coordenador de seminários e supervisor dos cursos de formação psicanalítica das instituições das quais é membro. Colaborador dos livros: Formação Analítica; fatos e versões (CEPdePA, 2010); Entre Schreber, Freud e a clinica (CEPdePA, 2012); Para uma introdução ao narcisismo: reflexo e reflexões (CEPdePA, 2014); O cheiro do desejo em cena (2016); Sexualidade (CEPdePA, 2016), Sobre o infantilismo da sexualidade (Sulina, 2017); Édipo: enigma da atualidade (CEPdePA/Sulina, 2018); Retornos do Homem dos Lobos (Sulina, 2018); Refletindo a Psicanálise (SPRPE/UFRPE, 2020)