A cobertura da guerra contra o Iraque foi a demonstração mais contundente de um extraordinário fenômeno social contemporâneo: o triunfo da representação sobre o representado. As imagens, mesmo as mais terríveis, eram então produzidas e editadas principalmente para o prazer dos olhos. Isto teria sido impensável antes do advento da televisão, um meio de comunicação cujos efeitos sociais revelaram-se incomparáveis aos de outras formas de expressão cultural.Os 29 autores dos artigos que compõem este Rede imaginária - Televisão e democracia - que nasceu da série de palestras promovida pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo - procuram desvendar os mecanismos implícitos e explícitos da produção desse imaginário, especialmente no caso do Brasil, cujas redes de televisão estão entre as mais influentes do mundo.ÍndiceAs tramas da rede - Adauto NovaesA ImaginaçãoImagens sem objeto - Olgária MatosRacionalidade e acaso - Gerd BornheimImaginar e pensar - Maria Rita KehlAs imagens de TV têm tempo? - Nelson Brissac PeixotoO olhar melancólico - Adauto NovaesA cultura da vigilância - Arlindo MachadoO imaginário da morte - Teixeira CoelhoO sentido do som - Leonardo SáSimbologia do consumo na TV - Décio PignatariAlfabetização, leitura e sociedade de massa - Silviano SantiagoA construção do imaginárioAs redes de TV e os senhores da aldeia global - Argemiro FerreiraA desordem do mundo e a ordem do jornal - Ricardo ArntA terceira idade da TV: o local e o internacional - Regina Festa e Luiz Fernando SantoroO dia seguinte - Sergio MiceliComentário: Na marca do pênalti - Paulo BettiA construção da notícia (1) - Eric NepomucenoA construção da notícia (2) - Claudio BojungaÁlbum de família - Muniz SodréComentário - Sérgio MambertiA linguagem da TV: o impasse entre o falado e o escrito - Dino PrettiAs palavras na TV: um exercício autoritário? - Maria Thereza Fraga RoccoVítima e cúmplice - Roberto BahienseA infância consumida - Fernando MeirellesO trabalho da crítica - Inácio AraújoA astúcia - Eduardo CoutinhoTuiuiús, pardais e abelhas-africanas - Marcelo MarsagãoVídeo popular: uma alternativa de TV - Jacira MeloÉ possível democratizar a televisão? - Fábio Konder ComparatoApêndice 1: Dados estatísticos sobre a televisão brasileira - abril de 1991Apêndice 2: Dados estatísticos sobre a televisão brasileira - março de 1999