A visão cristã do Estado é que o Estado não deve ser 'cristão'. O papel do Estado não é defender ou promover uma determinada igreja ou religião. Entretanto, dizer que a religião nada tem a ver com a ação política é lógica e historicamente falso. Religião e política podem, sim, ser misturadas. Em um momento como o que vivemos hoje é muito fácil perder a esperança, cair no desânimo ou aderir ao cinismo. No entanto, as verdades bíblicas e o propósito ético dos novos céus e da nova terra, 'onde habita a justiça', nos inspiram naquilo que devemos fazer hoje. A fé cristã é, ao mesmo tempo, utópica e bastante realista. O sonho permanece; os seus portadores é que mudam. 'Se alguém me pergunta se confio em algum político evangélico, respondo que não. Aliás, biblicamente, não devemos confiar nos príncipes, mesmo que sejam evangélicos e tenhamos ajudado a colocá-los no poder. É por termos um ensino superficial do pecado que nos damos mal politicamente e criamos ídolos, que depois nos desapontam'.