nna Katharina Emmerick nasceu em 08 de setembro de 1774, perto de Dülmen, na Alemanha. Seus pais eram camponeses humildes e piedosos. Desde os quatro anos tinha visões dos mundos espirituais e conversava habitualmente com o menino Jesus e com os seres espirituais. Desde menina seu desejo era ingressar num convento, o que veio a ocorrer aos 28 anos, quando entrou no monastério das agostinianas de Agnetenberg, em Dülmen. Durante o tempo em que esteve no monastério, foi incompreendida pelas monjas devido a seus êxtases tanto durante o trabalho quanto durante as orações e também por suas estranhas enfermidades. Alguns anos depois de ter-se tornado monja um decreto de Jerônimo Bonaparte ordenou o fechamento dos conventos da Alemanha e Anna foi acolhida por uma viúva em sua casa em Dülmen. Foi na casa dessa viúva que Anna Katharina recebeu os estigmas nas mãos, nos pés, a ferida da lança, as feridas da coroa de espinhos e uma cruz sobre o peito, sinais externos, que ela sempre tentou (inutilmente) ocultar, de sua realização espiritual interna… Durante toda sua vida, desde a mais tenra infância, teve muitos dons místicos: locuções, êxtases, visões da história do Antigo Testamento e do Novo Testamento, da vida de Jesus e da Virgem Maria, da igreja primitiva, da vida depois da morte, de acontecimentos dos últimos tempos da história, etc. Durante muitos anos, até o final de sua vida, alimentou-se apenas da hóstia e de água. Chegou a ser encarcerada pelo governo por vinte dias, durante os quais foi insultada e ameaçada para que declarasse que seus dons divinos eram uma fraude, mas ela não aceitou culpabilidade alguma e a pressão do povo e de algumas autoridades eclesiásticas fizeram com que fosse solta. Entre fevereiro de 1818 e abril de 1823 ela ditou suas visões ao grande escritor e poeta romântico alemão Clemens Brentano (1778-1842). As visões de Anna Katharina serviram de ponto de partida para muitas investigações arqueológicas, tais como a descoberta dos restos da cidade de Ur, na Caldeia, e da casa da Virgem Maria em Éfeso. Em uma de suas visões, Cristo mesmo disse a ela que até aquele momento da história ninguém tinha tido um dom de visão do passado, do presente e do futuro como o dela. Anna Katharina Emmerick faleceu no dia 09 de fevereiro de 1824 e, dois meses depois, seu corpo permanecia completamente incorrupto. Foi beatificada pelo papa João Paulo II em 3 de outubro de 2004.