A cidade é nos dias atuais a expressão máxima do esgotamento do mundo das mercadorias. a cidade transforma-se dia-a-dia em ruínas, epidemias, superstição, repressão e shopping. talvez muito pouco na cidade atual faca-nos rememorar sua origem, a polis grega. apos o arco de dois mil anos de desenvolvimento da acumulacao privada como base da produção material do homem, a cidade revela-se nestes dois pólos extremos: shopping e ruínas. tanto em um quanto no outro, desaparecem os sinais de seu passado emancipador. isto ocorre a nivel mundial. em certos centros urbanos restam já apenas ruínas, em outros—em muito menor numero— prevalece o shopping e, em alguns, como são paulo os dois pólos aparecem em conflito. arquitetos e urbanistas não têm maisinstrumentos e meios para produzir uma concepção de espaco que satisfaca às exigencias materiais e espirituais de nossa época. atuam em intervenções reduzidas, restritas, dia a dia, a ações cosméticas e privadas. o grupo contravento apresenta nas paginas seguintes uma reflexão sobre esse movimento de crise