Utilizando conceitos antropológicos, o autor demonstra a relação existente entre cultura e desenvolvimento, através da análise de certos traços culturais característicos dos grupos que comumente são qualificados como ricos, bem como procura identificar traços culturais muito semelhantes nos grupos qualificados como pobres, mesmo quando pertencentes a culturas completamente distintas. Também, utiliza a mesma técnica no plano individual. Não oculta, entretanto, a existência de obstáculos transindividuais que dificultam o aproveitamento dos projetos individuais, desestimulam investimentos e desperdiçam talentos. Oferece ao leitor a oportunidade de manejar conteúdos relacionados à riqueza e pobreza, através de um encaminhamento que se distancia do aspecto meramente econômico; da expressão material de acumulação de bens e do mecanicismo explorador/explorado, cujo método sempre nos remete à luta de classes. O livro focaliza a existência de indivíduos e grupos humanos em situação de vulnerabilidade econômica e outros socialmente mais fortalecidos, quanto à capacidade produção de riquezas, segundo a adoção de elementos e traços culturais que ora os impulsionam no sentido do crescimento, ora causam passividade e conformismo. Após estabelecer os parâmetros para compreensão dos processos culturais, ingressa no terreno da diversidade, dando-se ênfase à diferenciação existente entre indivíduos e grupos sociais, como resultado do dinamismo cultural.