Ao aceitar o convite para integrar a nova coleção da Objetiva que busca contar a vida dos santos a partir de uma perspectiva humana, o jornalista Juan Arias sabia que teria pela frente um grande desafio. Para começar, as primeiras biografias sobre Rita de Cássia apareceram no século XVII - mais de duzentos anos depois de sua morte. Em Rita, a santa do impossível, ele usa toda sua experiência profissional - foi correspondente do Vaticano durante 14 anos - para nos mostrar quem foi, de fato, Rita de Cássia. O livro chega às livrarias juntamente com a biografia Teresa, a santa apaixonada, de Rosa Amanda Strausz. A Rita que o autor nos apresenta é uma mulher solar e justa. Ao contrário da maioria das santas canonizadas que passaram a vida dentro dos muros de um convento, ela desfrutou uma vida comum antes de entrar no Monastério de Maria Madalena: foi noiva, casada, mãe e viúva. Nascida em Úmbria, - terra de São Francisco de Assis - a santa cresceu numa família de pacificadores. Junto com seus pais resolvia disputas e tentava dar fim as famosas "vendetas". Culta e articulada, desenvolveu um talento nato para compreender as questões da alma e ter o perdão como sentença. Todos eram merecedores dele, inclusive os assassinos de seu marido. Viveu tão próxima dos problemas das pessoas que, ainda em vida, foi considerada santa. O leitor acompanhará a trajetória desta mulher que Arias define como uma "semeadora da paz", numa Itália marcada por brigas de sangue e pelo misticismo do século XIII. Um perfil multifacetado de uma das santas mais queridas do país.