O livro trata das dificuldades em exercer o autocontrole e ser perseverante nas decisões que envolvem objetivos e metas de longo prazo, buscando o equilíbrio e a moderação entre a impulsividade e a procrastinação - dois lados de um fenômeno que se relaciona com a forma como lidamos com o tempo e a nossa capacidade de gerenciá-lo. No primeiro capítulo, o autor fala sobre o lado bom de saber esperar, explicando porque é importante para nosso bem-estar e nossa sobrevivência, discutindo conceitos como tolerância, persistência, gratificação. O segundo capítulo se ocupa da frequente incapacidade de perseverar nas decisões relacionadas a dietas, propósitos ou planos de longo prazo, em função de alguns conceitos de economia comportamental, como o desconto temporal (desvalorização de uma recompensa futura), inconsistência dinâmica das preferências (contrastes entre desejos atuais e futuros) e conflitos intrapessoais (a influência do "eu presente" sobre o "eu futuro"), além de fatores biológicos e culturais. O terceiro capítulo é dedicado aos custos da espera e como eles determinam a nossa capacidade de tolerância, seja em termos emocionais, seja em termos de oportunidades desperdiçadas, abordando a questão da dinâmica entre o desejo de gratificação imediata e o arrependimento. O quarto capítulo se concentra sobre o lado ruim da espera, ou seja, a procrastinação, que se distingue tanto do hedonismo (seguir sempre o impulso dominante) quanto da acídia (não fazer nada) por ser uma vontade honesta de fazer algo, renunciando até mesmo às gratificações, mas que não se concretiza e gera insatisfação. O quinto e último capítulo apresenta conselhos e estratégias para lidar com os maus hábitos e a impaciência, treinar a tolerância e o autocontrole.