A história deste livro nos remete à imagem da grande metamorfose das borboletas, que de lagartas se transformam em lindas e delicadas criaturas multicoloridas. É algo semelhante a isso o que acontece quando nos deparamos com uma situação inesperada e difícil em nossa jornada e, depois do natural susto inicial, decidimos tomar em nossas mãos as rédeas da vida. Você pode chorar, pode gritar, pode espernear, mas a dor que veio para você terá que ser vivenciada. O que pode ser mudado é a forma de viver esta experiência. Acho que de todas as possibilidades, a mais útil é desviar o foco, se reinventar dentro da situação, transformando a dor em algo criativo. Você pode fazer qualquer coisa que tiver vontade e para a qual for dotado de talento. Todos nós temos talentos especiais e nunca é tarde para descobri-los. Se achar que não tem nenhum talento, que não sabe, não pode ou não deseja fazer nada, ainda assim você pode olhar para o mundo ao seu redor e sorrir para as pessoas. Que tal? Você sabe sorrir, não sabe? A senha é nunca se deixar abater. Observe a situação com os olhos da consciência, como se você estivesse praticando meditação, e busque em cada situação uma oportunidade para criar algo, seja lá o que for, não necessariamente escrever um livro, como fez a autora. Faça aquilo para o que você tiver talento, mas faça algo, pois todas as esperas e todos os sofrimentos tornam-se mais suaves quando desviamos o foco da nossa atenção e não nos deixamos absorver por eles. Brinque, relaxe, ria, divirta-se. Nada vai mudar nada só porque você está de cara amarrada, testa franzida, cabeça cheia de caraminholas, pré-ocupado. E que este livro, juntamente com a experiência da autora, possa ajudar pessoas que estejam enfrentando alguma situação difícil, seja ela de que natureza for.