Escritor francês Gustave Flaubert nasceu em Rouen em 21 de dezembro de 1821 e morreu em Croisset em 8 de maio de 1880. Abandonou cedo os estudos de direito em Paris e para superar as desilusões de 1848 e as de um ano infeliz fez uma viagem a África do norte e ao Oriente próximo. Retirou-se depois para seu sitio em Croisset decepcionado pela vida que mal conhecera dedicando os restantes trinta anos de vida ao trabalho literário em solidão quase total. Flaubert foi um grande estudioso da estupidez humana. Para ele o lugar onde a estupidez mais abundava era a província. E é a província o pano de fundo de seu romance mais famoso "Madame Bovary". No ano em que o livro "Madame Bovary" foi publicado na França houve um grande interesse pelo romance. A obra foi considerada imoral pelo governo francês que decidiu mover um processo contra o autor e o editor do livro. Foram porém absolvidos pelos juízes que como se fossem personagens de "Madame Bovary" atestaram ao autor "fins morais e instrutivos". Em 1869 publicou o romance "A Educação Sentimental" um grande documento humano. Depois dessas obras Flaubert não parecia poder dizer mais nada sobre suas experiências e sua época. Abandonou os temas do Realismo. Dedicou-se ao estudo do passado histórico. Em "Salambô" panorama fascinante e horripilante da queda de uma civilização da antiga Cartago Flaubert o mestre do estilo em prosa encontra-se com seus contemporâneos de estilo algo semelhante em versos os parnasianos. Como eles interessa-se pelo oriente por nações bárbaras e pelas ilusões que lhe ofereciam as religiões.