SANGUE DE FEITICEIRA

Depois de 'Filha de feiticeira' (Cia. das Letras, 2002), seu bem-sucedido romance de estréia, Celia Rees volta à história de Mary Newbury, a jovem feiticeira inglesa que foge para os Estados Unidos, no século XVII, com medo de ser acusada de bruxaria. No novo continente, Mary viveu num povoado de colonos puritanos, mas logo foi obrigada a fugir mais uma vez. O que teria acontecido depois disso? Alison Ellman, a pesquisadora que, no século XX, procura desvendar essa história, não tem nenhuma pista, mas conta com a ajuda de Agnes Herne, uma estudante americana de origem indígena. Dotada de dons de clarividência herdados de seus antepassados e transformada numa espécie de ponte entre o passado e o presente, Agnes tem visões sobre o resto da história de Mary: acompanha a integração da inglesinha ao mundo mágico dos índios americanos, seu casamento, a o acirramento das perseguições religiosas numa América cada vez mais dividida. Mas o livro não se restringe a isso. Em seu "encontro" com Mary, Agnes vive a passagem para a maturidade e experimenta o valor agregador das histórias familiares, que passam de geração a geração e nos ajudam a descobrir quem realmente somos.