Em 2003, quando decidiu recusar a sedutora proposta do Arsenal para encarar o inferno da Série B com o Palmeiras, o goleiro Marcos provou ser um cara diferente – ou, como o próprio se definiria mais tarde, um sujeito “meio xarope”. De fato, poucos são os exemplos de atletas que colocam o profissionalismo de lado para atender aos apelos do coração. Mas, não por coincidência, também são poucos aqueles que conquistam o respeito, a admiração e a simpatia de colegas e torcedores, inclusive dos rivais. Em suas duas décadas no alviverde, Marcos alcançou tudo isso e muito mais: graças aos milagres que realizou durante a histórica conquista da Copa Libertadores de 1999, o arqueiro foi canonizado por 15 milhões de devotos e virou São Marcos de Palestra Itália, primeiro e único. Nesta obra, o jornalista e escritor Celso de Campos Jr. reconta a trajetória do caipirão que chegou ao Palmeiras com a fama de ter sido trocado por doze pares de chuteiras e alcançou o topo do mundo como titular da Seleção Brasileira campeã da Copa de 2002. Bem documentado e criterioso, mas com um texto leve e descontraído, acompanhado por dezenas de fotografias – incluindo raras imagens da época em que o craque ainda tinha cabelo! –, São Marcos de Palestra Itália dá uma nova dimensão à figura do ídolo. Longe de santificar o homem, este livro humaniza o santo. oral e esportiva que ecoa até os dias de hoje.