Esta tese se trata da tragédia no pensamento estético de Schopenhauer e Nietzsche, apresentando os conceitos que fundamentam a concepção estética de ambos os filósofos com a finalidade da compreensão do fenômeno trágico como um todo. Schopenhauer, enquanto filósofo pessimista, apresenta a tragédia como ápice da arte poética, e como representação dos infortúnios e sofrimentos da vida. Compreende a tragédia como uma grande obra e embora apresente a música como que manifesta diretamente a vontade, como arte superior, apresenta um vínculo entre a "música" e "tragédia" que permitirá que o jovem Nietzsche desenvolva sua teoria trágica em O Nascimento da tragédia. Junto a música e a noção de consolo metafísico, a tragédia ganha no pensamento do jovem Nietzsche um caráter metafísico. Obra sublime, na medida em que reapresenta a vida ao homem permitindo que ele readquira a vontade de viver e aceite a vida em sua integralidade num movimento afirmativo. Sustentamos que Nietzsche com base em sua visão da tragédia grega desenvolve em O nascimento da tragédia uma metafísica do sublime, que se diferencia da concepção trágica schopenhaueriana, que tem como cerne a resignação.