Sepulcros de Cowboys é fundamental para a compreensão da génese e da evolução de um dos mais fascinantes universos ficcionais dos nossos dias. Depois de O Espírito da Ficção Científica, vem agora a público um novo conjunto de inéditos de Roberto Bolaño: «Pátria», «Sepulcros de cowboys» e «Comédia do horror de França». Em «Pátria», o poeta Rigoberto Belano destrinça os efeitos do golpe de Estado do Chile, nomeadamente na sua família: a mãe perdeu o emprego de professora, o irmão foi torturado e a irmã passou a sofrer de depressão. Em «Sepulcros de cowboys», um jovem chamado Arturo viaja do Chile para o México e o Panamá e daqui de volta ao Chile, de barco. Durante esta viagem, pede a um dos passageiros, um padre jesuíta, que leia a história de ficção científica inacabada, que tinha vindo a escrever sobre uma invasão de formigas extraterrestres - e que acaba com a oferta de um lugar, às ditas formigas, nas Nações Unidas. E, em «Comédia do horror de França», o jovem poeta Diodoro Pilon junta-se a uma misteriosa organização, o Grupo Surrealista Clandestino, que recruta novos membros através de chamadas aleatórias para cabines telefónicas em todo o mundo. Provenientes de uma época em que Roberto Bolaño ainda «ensaiava» os que viriam a ser os seus mais icónicos romances, estes escritos revelam já os grandes temas e as personagens que deram vida a toda a sua obra posterior.