Com base na experiência de uma paróquia na zona sul de São Paulo, o responsável pela implantação do serviço de escuta, há vários anos em funcionamento bem sucedido, elaborou esse subsídio para ajudar na organização do mesmo serviço em paróquias ou outros locais, tendo como objetivo criar um espaço para pessoas que desejam falar de si e não encontram quem as ouça. O estilo de sociedade competitiva em que vivemos empurra o ser humano para um isolamento emocional e afetivo. Poucos indivíduos dão atenção aos problemas pessoais dos outros, exceto aqueles que o fazem profissionalmente. /n/nO serviço de escuta quer oferecer um espaço onde as pessoas possam ser ouvidas naquilo que são e sofrem, sem interesses comerciais nem segundas intenções, de forma gratuita. Por natureza se inscreve na tradição cristã, revestindo-se, porém, de características próprias de nossa sociedade, em que prevalecem as relações pessoais de igual para igual, assumindo um aspecto de partilha em vista da busca espiritual das pessoas que o procuram./n/nPartindo dos aspectos mais concretos da organização do serviço, o autor, com base em bibliografia especializada, aprofunda algumas questões centrais da comunicação interpessoal e faz observações pertinentes, sobretudo para quem presta generosamente o serviço, às habilidades e ao mínimo de preparo requeridos. Muito útil para maior aprofundamento do tema é a ampla bibliografia indicada.