Sabemos que, no que se refere à terapia cognitiva infanto-juvenil, existe uma abundante literatura acerca dos protocolos baseados em evidências, e alguns dos autores deste livro efetivamente participaram de pesquisas, de revisões do estado da arte e da criação de ferramentas adaptadas culturalmente ao nosso contexto. Entretanto, pouco se trabalhou naquilo que concerne ao processo terapêutico concreto, aos pormenores da relação terapêutica e ao "como" implementar as ferramentas de intervenção em contextos naturais.\r\n\r\nA partir de exemplos clínicos e de precisos comentários explicativos, os momentos fundamentais da terapia são abordados em Sessões de psicoterapia com crianças e adolescentes: admissão, entrevistas iniciais, intervenção terapêutica e encerramento. Da mesma forma, são apresentados os procedimentos para os transtornos habituais da clínica infanto-juvenil: transtornos de ansiedade, do humor e problemas de conduta.\r\n\r\nA clínica com crianças e adolescentes é complexa. Implica considerar, na conceituação de caso, parâmetros contextuais, culturais e evolutivos em uma contínua e dinâmica interação, que apresenta inúmeros desafios ao profissional de saúde mental. Neste sentido, para além do mapa ou da estratégia de trabalho geral, o terapeuta deve mostrar criatividade e flexibilidade diante dos vários imprevistos que venham a se apresentar.\r\n\r\nSe uma família não aceita uma intervenção, que formato, então, dar a esta intervenção para que se torne mais assimilável à sua idiossincrasia? Devemos esperar até que eles estejam dispostos, trabalhar sua motivação ou negociar novamente as regras do quadro? Se uma criança se sente incomodada ou enfrenta emoções difíceis de tolerar durante o processo, como ser um profissional técnico e, ao mesmo tempo, divertido? Como constituir um contexto de confiança para que o jovem paciente e os adultos envolvidos considerem-no uma base ótima, a partir da qual se possa desenvolver a exploração de alternativas? Se pais, professores e outros adultos envolvidos no encaminhamento enfrentarem compreensíveis problemas de comunicação, típicos de situações de crise, como restabelecer os laços de confiança e de trabalho em equipe? Como restituir esses cabos de conexão fundamentais para que ocorram novas aprendizagens e novas formas de processamento cognitivo?\r\n\r\nEste livro relaciona, a cada passo, a prática concreta com o suporte teórico e metodológico empiricamente validado e tenta responder a estas e a outras perguntas. Em suas páginas, nota-se claramente que diversos problemas e desafios são inevitáveis nesta clínica complexa, e que a criatividade e a flexibilidade são chaves para a resolução de problemas.\r\n\r\nNeste sentido, ao ilustrar com clareza e precisão a interação entre técnica e processo, este é um livro essencial, que alcança o objetivo de compartilhar com o leitor o ingrediente humano imprescindível para se colocar em prática as terapias baseadas em evidências.\r\n\r\nLivro dispõe de formulários digitais.\r\n\r\n\r\nCONHEÇA O SUMÁRIO\r\n\r\nPrefácio.\r\n\r\nCapítulo 1. Introdução.\r\nCapítulo 2. A entrevista de admissão na clínica infanto-juvenil.\r\nCapítulo 3. A primeira sessão de terapia cognitivo-comportamental com crianças e adolescentes.\r\nCapítulo 4. Estrutura típica da sessão.\r\nCapítulo 5. Sessões com um adolescente com transtornos de ansiedade.\r\nCapítulo 6. Sessões com crianças e adolescentes com transtornos depressivos.\r\nCapítulo 7. Sessões de psicoterapia para transtornos disruptivos do comportamento.\r\nCapítulo 8. Sessões de psicoterapia psicoeducativa individual-familiar com crianças e com transtorno bipolar.\r\nCapítulo 9. Sessões finais.\r\n\r\nCONHEÇA OS ORGANIZADORES\r\n\r\nEduardo Bunge, Ph.D.\r\nProfessor Associado da Child and Adolescent Psychotherapy at Pacific Graduate School of Psychology/Palo Alto University, Califórnia, EUA. Diretor Fundação Equipe de Terapia Cognitiva (ETCI), Argentina. Codiretor da Clínica Children and Adolescents de Buenos Aires da Fundação de Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes (ETCI). Professor da Universidade de Favaloro, Argentina.\r\n\r\nMariano Scander\r\nPsicólogo pela Universidade de Buenos Aires, onde cursou o Programa de Atualização Terapia Cognitiva. Mestre em Neuropsicologia Infantil e Neuroeducação pela Universidade de Morón. Coordenador Geral da Fundação de Neuropsicologia Clínica e Coordenador do Departamento de Neuropsicologia da Fundação Equipe de Terapia Cognitiva (ETCI), Argentina.\r\n\r\nFrancisco Musich, Ph.D.\r\nDoutor em Psicologia pela Universidade de Maimonides. Psicólogo pela Universidade de Buenos Aires. Coordenador do Departamento de Neuropsicologia da Fundação Equipe de Terapia Cognitiva (ETCI), Argentina. Membro do Laboratório de Deterioração Cognitiva do Serviço de Neurologia do Hospital Internacional Geral de Agudos Eva Perón. Docente de Neuropsicologia na Universidade de Buenos Aires, Argentina. Docente de Clínica de Crianças e Adolescente da Universidade Fund