A modernidade tem sido caracterizada por uma crescente “destradicionalização” em diversos âmbitos, entre eles, o do discurso moral. Como consequência, as formas de autoafirmação do sujeito baseadas no tradicionalismo perdem sua legitimidade e surge a necessidade de novas formas de autoafirmação do indivíduo quanto ao conjunto de valores aos quais adere; levantando a questão, quais são os mecanismos que permitem tal autoafirmação? Para buscar responder essa questão foi escolhida uma instituição moral por excelência, a religiosa; dentro de uma denominação tradicional de caráter ascético, Metodismo; em uma temática sobre a qual mantém um discurso tradicional, o sexo e contrapondo seu discurso ao de líderes de movimentos protestantes emergentes, buscando a análise discursiva através da observação participante, livros evangélicos e entrevistas. Ao comparar os discursos foi possível perceber que o discurso emergente se baseia em princípios opostos ao do discurso tradicional, ocasionando assim o enfraquecimento dos laços comunais e coercivos que mantinham a tradição, partindo de princípios de liberdade, individualidade e consciência individual; e, a partir disso, produz a autoafirmação baseadas na irracionalidade do sentir, a qual justifica por um discurso racional. Essa obra é destinada a todos aqueles interessados nas mudanças que ocorrem no cenário religioso, principalmente no campo da sexualidade.