A trajetória numa direção cada vez mais política e cultural, sem desconsiderar, evidentemente, a ciência feita no território acadêmico. Estamos trabalhando dentro e fora da universidade, para tentar chegar no nível de um educador comprometido não somente com a formação acadêmica, com a pesquisa e com socialização do conhecimento. Neste sentido, nesta oportunidade, ampliamos o debate sobre os conceitos de colonização e descolonização, colonialidade e descolonialidade, seguido por uma necessária crítica da continuidade que temos percebido, em diferentes níveis da vida cotidiana, entre a “modernidade” e a “pós-modernidade”. Continuidade esta, normalmente, destacada por certos pesquisadores, porém, sem o conteúdo político e metodológico que possa contribuir, de fato, para as conquistas sociais, econômicas, culturais, cosmológicas e ambientais de que tanto precisamos. Por isto, acreditamos que se reproduzem narrativas e outras práticas burguesas escondidas por trás de pretensas interpretações críticas, sejam elas de base marxista ou fenomenológica, aliás, paradigmas estes eurocêntricos, globalizantes e universalizantes, como tentamos argumentar ao longo do nosso texto. Esperamos que este texto inspire a criação partilhada, ou seja, na relação universidade-território, de outras ciências e educações, pesquisas e cooperações, por meio da práxis de produção de outros conhecimentos cada vez mais úteis para nosso povo, contribuindo muito mais para a geração de uma sociedade mais justa e ecológica, mais solidária e respeitosa, menos desigual e menos degradante, construindo territórios de vida para todos