Inspirado em “Os filhos do nosso bairro”, de Naguib Mahfuz – Nobel de Literatura em 1998 –, este livro põe em xeque e desnuda as religiões do mundo. Régis de Oliveira, por meio de parábolas, pretende explorar os sentimentos humanos e esclarecer que as religiões sempre tendem à dominação e à promessa de uma vida melhor em outro lugar. Mas essas pregações, segundo a obra, acabam eliminando o que há de mais notável no ser humano: a vida que vive.Aqui não há um compromisso com a realidade, nem com a lógica, nem com o tempo. Os diálogos se travam com seres imaginários, ou que podem ter existido, sem preocupação com o real. Mortos que voltam a viver e a falar.RÉGIS FERNANDES DE OLIVEIRA é professor titular aposentado da Universidade de São Paulo (USP). Foi juiz de carreira e desembargador no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e é autor de livros de Filoso¬fia, Ciência Política e Direito. Hoje, leciona temas – inquietantes – como “O orçamento como instrumento de felicidade e dominação”, “Direito e jogo de azar” e “Direito e arte” em cursos de pós-graduação da USP. É autor dos romances “O desterro é o destino”, “Somos todos órfãos” e “As águas não são impetuosas”, publicados pelo Grupo Novo Século, entre outros.