O livro Stalin nos manuais de Portugal e Brasil é uma crítica científica da representação e da interpretação histórica presentes nos manuais escolares de Portugal e Brasil, realizada por meio de uma análise comparativa dos livros didáticos de História dos dois países, partindo de uma abordagem biográfica de Stalin baseada, entre outras fontes, em documentos inéditos dos arquivos estatais da Federação Russa. Esta obra também consiste em um estudo exploratório das ideias tácitas de alunos portugueses e brasileiros, da educação básica, em escolas dos arredores do Porto e de Correntina, na Bahia, sobre os conceitos substantivos: Revolução Russa, socialismo, comunismo, ditadura do proletariado e URSS sob o governo de Stalin. Inserido nos campos da História Contemporânea, Educação Histórica e Historiografia, a obra contribui para uma abordagem multiperspectiva dos referidos conceitos substantivos pelos manuais escolares e pelos professores em sua prática do ensino de História, em conformidade com as recomendações da Unesco e do CdE, valendo-se das novas caraterísticas adquiridas pela abordagem biográfica no seu atual retorno: a revalorização do ator individual imbrincado em diversos contextos nos quais viveu e atuou; captação não só do “homem comum”, mas também do “homem múltiplo” e uma reconstrução não linear da narrativa para exprimir a multiplicidade das experiências do indivíduo e a complexidade da trama.