O escritor judeu-austríaco Stefan Zweig era um dos mais importantes e mais conhecidos escritores da década de 1940. Inimigo declarado do Reich alemão, vivia refugiado no Brasil em companhia de sua mulher, a judia-polonesa Charlote Altman. Foram encontrados mortos na casa onde viviam, em Petrópolis (RJ), no dia 23 de fevereiro de 1942. Os biógrafos dizem que eles se suicidaram. Apoiado nas contradições dos relatos e nas lacunas das biografias, o romancista diz que os dois podem ter sido assassinados. O escritor brasileiro não está só nas suas desconfianças. Jacob Pinheiro Goldberg foi taxativo num seminário internacional realizado na USP, no ano 2.000: “O casal foi assassinado por nazistas em conluio com o governo Vargas”. Mais tarde dirá: “Deonísio da Silva desmontou uma farsa que inclui biografias descuidadas”. Outras personalidades de renome nacional e internacional também têm manifestado estranheza sobre o que houve na tragédia fomentada por nazistas em noite sem testemunhas. Nas encantadoras tramas de um enredo eletrizante, Deonísio da Silva apresenta um comando nazista que vem da Argentina com a missão de executar o casal. Por que foi proibida a autópsia? Por que o presidente Getúlio Vargas, que deslocara seu governo para Petrópolis por ser verão, negou o pedido do rabino para que os corpos fossem enterrados no Rio? Por que uma droga incapaz de matar um rato acaba por matar duas pessoas? STEFAN ZWEIG DEVE MORRER já foi publicado na Itália, com tradução de Giovanni Ricciardi, e vem recebendo o reconhecimento de críticos e leitores que o levaram a sucessivas reedições.