Quando os livros podem ser um perigo."Alguns livros convidam a matar. Outros, ao suicídio. Outros ainda, mais sutis, limitam-se a relativizar a morte – meio caminho para morrer. Todos são substâncias perigosas, como os medicamentos. Só deveriam poder ser comprados com receita médica ou atestado de robustez intelectual.” , diz o autor.É através dos próprios livros que o autor busca comprovar sua instigante tese, convocando os grandes nomes da história da literatura. Suicídios reais, como os provocados pela leitura de Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe; castigos ficcionais, dados àqueles que entraram em contato com livros proibidos, como imaginou Umberto Eco em O nome da rosa. Aqui, a morte é lembrada ainda em suas outras múltiplas faces presentes nas obras de Camus, Bataille, Freud, Sêneca, Saramago, Sade, De Quincey.Com um estilo entre a crônica e o ensaio, entrelaçado com humor, inteligência e provocação, Pedro Eiras cria nessas cem lições um jogo de luzes, sombras e plena aventura.Neste livro irresistível, ao mesmo tempo em que expõe as armadilhas das boas obras, Eiras explica que nos mesmos livros está a salvação. Cabe a cada leitor descobrir a sua própria posologia.